A lagarta da couve ou curuquerê da couve (Ascia monuste orseis) é uma praga especializada em brássicas, que são as plantas da família da couve, como couve-flor, brócolis e repolho.
E ela não perde tempo. Assim que sai do ovo, já começa a devorar as folhas e permanece fazendo isso durante todo o seu estado larval.
Essa situação pode causar verdadeiro estrago nas plantas, comprometendo a produção.
Identificação
Portanto, é muito importante que você saiba identificar a presença delas nas suas plantas.
Sendo assim, grave bem o aspecto da lagarta, que chega a 35 mm de comprimento, tem a cor cinza-esverdeada, com faixas longitudinais marrons e amarelas, alternadas.
E conheça também o adulto, que é uma borboleta de asas branco-amareladas, com bordos marrom-escuros e corpo preto. Dê uma olhadinha nestas fotos para conferir:
Agora que você já tem aparatos de consulta para reconhecer rapidamente a lagarta da couve, tome nota das alternativas sustentáveis de controle para combatê-la.
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1. Preserve os inimigos naturais
Proteja os inimigos naturais. De que maneira? Preservando a mata nativa próxima a cultura, pois elas funcionam como verdadeiros repositórios de inimigos naturais.
Além disso, você pode cultivar plantas atrativas próximo às couves e também, é claro, conhecer os insetos predadores, para que você não os confunda com pragas.
As vespas do gênero Polybia adoram papar as lagartas da couve. Veja qual o aspecto dessas verdadeiras amigas dos produtores de couve nas fotos abaixo:
2. Faça a catação manual
Um método super simples de controle da lagarta da couve é a retirada das folhas atacadas e/ou dos ovos e lagartas.
Para realizar a catação manual, utilize luvas e proceda ao esmagamento.
Se o seu cultivo é pequeno, ou seja, se você tem poucas plantas aí no seu espaço, esse controle mecânico é absolutamente viável.
3. Cultive plantas repelentes
Plante em volta da horta ou na borda do canteiro: arruda, coentro, hortelã (principalmente), tagetes (cravos de defunto), entre outras plantas.
Devido ao seu cheiro acentuado, essas plantas repelem as borboletas e, de quebra, atrai inimigos naturais, como as joaninhas, que adoram papar insetos como pulgões e cochonilhas.
4. Faça um “espantalho”
Você já viu uma casca de ovo de galinha em um graveto ou palito e já se perguntou para que serve aquilo? Pois o mistério foi desvendado!
Trata-se de um “espantalho” de borboletas. Ao ver o ovo no alto, as borboletas confundem-no com um ninho e fogem dali, com medo da presença de pássaros no local.
Por que elas agem assim? Pelo simples fato de os pássaros adorarem lagartas como petisco!
5. Faça uma adubação equilibrada
É sempre melhor prevenir do que remediar. Simples assim.
Como nós, as plantas são organismos vivos e precisam estar bem alimentados para enfrentar os desafios do meio em que vivem.
Portanto, guarde sempre com você: PLANTA BEM NUTRIDA É MUITO MAIS RESISTENTE.
Isso quer dizer que, com os minerais em dia, ela continua se desenvolvendo, ainda que haja ataque de pragas, aparecimento de doenças e mudanças climáticas.
Vale a pena se dedicar a fazer uma boa preparação do solo antes do plantio e, sobretudo, continuar fornecendo nutrientes com adubações de cobertura de qualidade.
Sendo assim, indicamos um bioestimulante enraizador durante esse processo. Ele faz com que as couves (e as plantas em geral) criem raízes mais fortes e fiquem mais verdes.
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6. Use um inseticida agroecológico
Se as lagartas já estão te dando muita dor de cabeça por aí, então é melhor recorrer a uma receita de defensivo natural.
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E continue nos acompanhando! Até a próxima!
Leia também:
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Referências
Guia para o reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas. Embrapa Agrobiologia. Brasília, 2013.
Recomendações Técnicas para o Controle de Lepidópteros-Praga em Couve e Repolho no Amazonas. Circular Técnica 35. Embrapa Amazônia Ocidental. Manaus, 2010.