Você sabia que as orquídeas são uma das plantas mais evoluídas do planeta? Isso talvez explique o fascínio que suas flores são capazes de nos causar.
No Brasil, já foram encontradas aproximadamente 2.350 espécies de orquídeas. Entretanto, acredita-se que este número, na verdade, seja de cerca de 3.000 espécies.
Sendo assim, o Brasil é o terceiro país em número de espécies de orquídeas no mundo.
Além disso, o mercado de flores cresce em ritmo acelerado no país e as orquídeas estão entre as plantas que mais se destacam.
Motivo é o que não falta para investir no cultivo dessas belas e exóticas flores, não é? Mas você faz ideia de como cultivá-la? Acompanhe o passo a passo para entender.
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1. Atente-se às condições climáticas
As orquídeas desenvolvem-se muito bem à meia luz, a uma temperatura ideal média de 25º C e à umidade relativa do ar entre 50% e 80%.
Mas, em geral, elas suportam uma variação grande de temperatura, de 10°C a 30°C, desde que não expostas aos extremos por período prolongado.
2. Escolha o local
Como vimos, as orquídeas não se dão muito bem com luz direta e nem com temperaturas muito altas por longos períodos.
Portanto, se você mora em uma região muito quente, com sol forte, é ideal que você faça o cultivo em locais onde não haja luz direta, nem que bata sol nas horas mais quentes da tarde.
Exemplos de locais apropriados: embaixo de pergolados, que podem ser cobertos com sombrite de 50%, e sob as copas das árvores.
Considerando essas condições, as orquídeas podem ser cultivadas em apartamentos e casas com pouca área de quintal. Você só precisa ter espaço e iluminação suficientes.
3. Escolha o recipiente
Por mais incrível que pareça, alguns gêneros de orquídea (Aranda e Mokara) são plantados em canteiros.
Há também alguns gêneros que podem ser utilizados em plantios em troncos de madeira, como o Phalaenopsis, o Oncidium e o Dendrobium.
Entretanto, o mais comum é mesmo o plantio em vasos. E eles podem ser feitos de diversos materiais: barro, polietileno (plástico), fibras de coco (coxim) ou ainda em contentores especiais de madeira ou de cerâmica.
Na hora de escolher, a dica é que o vaso seja alto e estreito, pois as orquídeas naturalmente florescem melhor em locais mais apertados.
E não se esqueça de garantir que haja furos na parte de baixo do vaso, por conta da drenagem.
4. Escolha o substrato
Salvo algumas exceções, as orquídeas não precisam de terra para sobreviver, mas sim de um substrato.
Portanto, adquira um substrato capaz de oferecer boa aeração para as suas plantinhas. De preferência, escolha uma das seguintes opções, elencadas aqui com o seu respectivo tempo de secagem:
- Carvão ou piaçaba: secagem rápida;
- Casca de pínus: secagem moderada, quando sem pó, e lenta se tiver pó;
- Coco desfibrado com pó: secagem lenta;
- Coco desfibrado sem pó: secagem moderada;
- Mistura de grãos de isopor (sim, é isopor mesmo! inclusive, você pode reaproveitar o material que vem na caixa de eletrodomésticos, por exemplo), casca de pínus e carvão: secagem rápida;
- Mistura de terra, xaxim e areia: secagem moderada;
- Musgo ou cubos de coxim: secagem lenta.
5. Adquira as melhores mudas
A melhor maneira de adquirir mudas de orquídeas, especialmente para iniciantes, é por meio dos pseudobulbos ou bulbos, também chamados de batata da terra ou batatinha.
Basta retirá-los da orquídea que você quiser reproduzir, quando ela estiver no fim da floração.
Mas, antes, verifique se a planta possui ao menos 6 bulbos e procure deixar ao menos 3.
E atenção para a dica: procure usar bulbos que estejam iniciando a brotação. E, para acelerar essa brotação, utilize também um enraizador nesse processo.
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6. Coloque a mão na massa: como plantar orquídea
Agora vamos lhe mostrar como plantar orquídea. veja como fazer a preparação do vaso para receber as mudas:
Primeiro, utilize alguns dos seguintes materiais para colocar na parte de baixo do vaso (preenchendo cerca de ⅓ dele): brita, argila expandida e/ou casca de cerâmica.
Eles serão responsáveis por manter o vaso bem drenado. Além disso, se o vaso for ficar em um ambiente aberto, esse tipo de material vai garantir que ele não tombe com o vento.
Depois, coloque um pouco do substrato escolhido (cerca de 2 cm) e fixe as mudas,
Uma dica, nesse momento, é fixar os bulbos (de 2 a 3) na lateral do vaso, para que a planta, que naturalmente “pende” para um lado, se desenvolva no centro do vaso.
Em seguida, termine de preencher o vaso com o substrato.
Então coloque um tutor (vareta ou espeto de churrasco, por exemplo) e prenda com um arame (você pode reaproveitar aqueles de fechar o pão).
Por fim, e mais importante, capriche na adubação, caso você queira que sua orquídea floresça.
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7. Cuide dos vasos
Durante os tratos culturais, é muito importante cuidar da drenagem e da ventilação das raízes. E a dica é não manter os vasos sobre pratos, pois a água que se acumula neles impede a oxigenação das raízes.
Além disso, não coloque os vasos diretamente no chão, pois as raízes podem sair pelos vãos da drenagem e se fixarem por ali.
Então como fazer? A solução é mais simples do que parece: mantenha os vasos suspensos ou sobre uma mesa, por exemplo.
Em dias muito quentes, borrife água em volta da planta, para manter a umidade. Você pode cultivá-las no mesmo local que as samambaias também. Esse é outro recurso para manter a umidade do ambiente.
E quantas vezes devo molhar as orquídeas? Geralmente uma vez a cada três dias.
Mas o melhor mesmo é verificar a umidade do substrato, com a mão ou com a ajuda de um palito de sorvete. Se você colocar o palito e ele sair úmido, não regue. Se sair seco, é hora de regar!
Quer mais uma dica especial? Toda vez que for cortar a planta para retirar folhas velhas, por exemplo, pulverize canela em pó no “ferimento” feito na orquídea.
Sabe por quê? Porque a canela é um poderoso cicatrizante e antibiótico natural, que vai evitar a entrada de agentes causadores de doenças nas suas plantas.
E esteja sempre observando suas plantinhas com cuidado. Se aparecerem pragas ou sintomas de doenças, utilize um defensivo de qualidade para combatê-las.
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8. Aprecie suas flores
Cuidar de orquídeas, além de ser um ótimo negócio, é uma verdadeira terapia.
Mas, cá entre nós, o que a gente quer mesmo é vê-las florescer, certo? Dá um baita orgulho quando os botõezinhos despontam, não é?
Para isso, além das dicas de plantio e dos cuidados para manter a umidade sem descuidar da aeração, há um segredo.
E ele é bem simples: as orquídeas precisam estar sempre bem nutridas para que emitam flores.
Portanto, faça aplicações frequentes (sempre antes das 10 horas da manhã) de fertilizantes de qualidade durante todo o processo de cultivo.
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E continue nos acompanhando! Bons lucros e até a próxima!
Veja também:
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Referências
Cultura de orquídeas. Centro Paulista de Estudos Agropecuários.
Emater responde: Cultivo de orquídeas – Programa Rio Grande Rural
Método de Aclimatização de Mudas de Orquídeas em Garrafas PET. Embrapa. Fortaleza, 2011.
Orquídeas. Série Produtor Rural número especial. ESALQ – USP. São Paulo, 2017.